domingo, 21 de março de 2010

Uma "paella", um bom "malbec" e amigos...


Para não fugir à regra de que minhas sextas-feiras são especiais, essa última foi sensacional. Participo de uma confraria de vinho com 5 casais que se encontram mensalmente e degustam determinada cepa ou casta de vinho acompanhado de boa comida e ótima conversa. Nossos encontros Pantagruélicos em homenagem ao Bacco começaram em Julho do ano passado no aniversário do Daniel, Presidente fundador da confraria. O primeiro encontro de 2010, na casa do casal Ceci e Nelson, abriu o ano com chave de ouro com a Paella maravilhosa da foto, de sobremesa peras cozidas em calda de gengibre e cardamomo com sorvete de creme e para arrematar café preto. Em homenagem aos Hermanos, que dividiram a noite no gosto dos convivas, degustamos o Malbec. O vinho destaque da noite foi o Malbec Catena 2007 pontuação 91 na escala de Robert Parker (variação 50 a 100), trazido pelo casal Denise e Renato, que mais uma vez nos brindou com biscoito fino da enologia. A trilha sonora, como não podia deixar de ser, teve contribuição do meu marido com Sonic Youth, Beatles e uma antologia de Punk década de 70. Saímos felizes e certos de que celebrar a vida é a melhor maneira de vivê-la. Não darei a receita da Paella porque acho que esse prato tem inúmeras variações e quase nunca uma fica igual à outra. Mas a pêra estava de matar de boa, achei simples de fazer e extremamente elegante.

Pêras em calda do Nelson

- Pêras descascadas cortadas ao meio pelo comprimento (2 partes por conviva);
- Calda fina de açúcar (250 g de açúcar para 1/2 litro de água), 1 baga de cardamomo, uns 2 cm de gengibre ralado.

Colocar as meias pêras para cozinhar durante 20 a 30 minutos na calda. Retirar as metades colocar no prato regar com a calda e colocar 1 bola de sorvete de creme. Como eu quase nunca consigo seguir a receita ao pé da letra resolvi que quando fizer a minha eu vou fazer uma calda de chocolate meio amargo derretido para regar, uau!

 A maravilhosa e aguardada Paella!

terça-feira, 16 de março de 2010

Todo mundo é feliz na sexta a noite!?

Sexta-feira para mim foi e sempre será dia de namoro. Nunca curti sair aos sábados, já as sextas ninguém me segurava em casa. Talvez, porque a sexta seja regida por Vênus a deusa do amor, ou anuncia a chegada do fim de semana, não sei bem o motivo de me sentir mais bonita, mais leve e solta nesse dia, principalmente à noite. Hoje em dia as sextas são de Bacco e cumplicidade. Assim que as crianças vão para cama, eu preparo os petiscos, meu marido seleciona a trilha sonora e tomamos vinho regado a muita conversa e boa música. Nessa sexta não havia preparado nada especial para comer, estava um pouco cansada, até pensei em pedir uma pizza, mas a fome não era para tanto e a música de Leonard Cohen já estava rolando. Lembrei que a Marina minha fiel escudeira do lar havia preparado salada de berinjela no dia anterior e com certeza após  uma noite estaria melhor ainda. Peguei minha tábua de frios, dei uma espiada na geladeira onde encontrei 3 restos de queijos (muzzarela, gouda e gorgonzola), azeitonas verdes e presunto. Na dispensa achei um pacote de cream cracker integral, mostarda Hemmer escura (adoro!) e montei a tábua da foto que ficou bonita e deliciosa. Meu marido que diz não gostar de berinjela nem experimentar queria, mas eu insisti e ele não parou de comer até acabar. Pensei, os homens crescem e no fundo continuam meninos com seus paladares caprichosos. Pelo menos o meu marido é assim!

Salada de berinjela da Marina
- 3 berinjelas japonesas (aquelas finas e compridas) em fatias finas;
- 1 cebola grande cortada em cubinhos;
- 1 pimentão vermelho pequeno cortado em cubinhos;
- 7 azeitonas picadas;
- azeite extra virgem;
- sal a gosto.
Em uma frigideira de teflon grande coloque umas 3 colheres de sopa de azeite, as berinjelas cortadas em rodelas (não precisa deixar de molho em água e sal), mais da metade da cebola, o pimentão, sal e deixe fritar. Coloque esse refogado em um pirex de vidro, acrescente a azeitona, o restante da cebola crua e regue mais azeite se precisar. Acerte o sal e coloque para gelar. É muito fácil de fazer, fica saborosa e leve.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns!

Minha homenagem a uma grande mulher.


Mas há a vida


Mas há a vida

que é para ser

intensamente vivida,

há o amor.

Que tem que ser vivido

até a última gota.

Sem nenhum medo.

Não mata.


Clarice Lispector
 

domingo, 7 de março de 2010

Bolo de Xícara?!


Esta receita eu tenho que agradecer à Rita Lobo do site Panelinha, um dos sites de culinária que eu mais acesso. O bolo de xícara, ops, de copinho, além de super fácil de fazer, fez o maior sucesso com as crianças e me facilitou a vida. O Ian meu filhote mais velho ama bolo e eu tenho que fazer pelo menos 2 vezes por semana. Hoje, domingão de manhã, o Ian me pediu bolo e eu com uma enorme preguiça peguei a batedeira e me lembrei em tempo da receita que li no blog da Rita Lobo. Em menos de 10 minutos eu fiz o bolo de xícara! O Ian e o Luca me ajudaram e ficaram super satisfeitos com o resultado. Pena que o Luca quebrou meu vidro de farinha de trigo, tudo bem, ele estava adorando o misan place, por isso se empolgou. O Ian foi o que mais gostou. Comeu um bolinho no café da manhã e após o almoço servi com sorvete e ele que adora um docinho falou: Mamãe, esse bolo tá uma deliiiççça parece com aquele bolo pequeno (petit gateau!). Todos satisfeitos com poucos minutos de labuta e farinha de trigo com vidro para limpar.

I love Cookie!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Peixinho vai bem, mas obrigada!

Eu posso me classificar como um bom garfo! Do contrário não teria esse blog darrrrr. Mas, uma coisa que eu realmente não consigo comer, e olha que eu sempre tento, é o tal do peixe. Gente, que tristeza para uma amante da gastronomia! Se bem que eu amo bacalhau salgado, frutos do mar, atum enlatado, alga, então não sou completamente avessa aos produtos aquáticos. Para minha felicidade e esforço constante meus littles adoram peixe e meu marido também. Já que os filhos precisam de exemplo ele complementa minha falta. O pior é que nem experimento para ver se o tempero está correto, se precisa um pouquinho mais de sal, o prato fica pronto e os convivas que me dão o feedback. Um dos pratos que meus filhotes mais adoram é a tilápia no papilotte. Esse é um daqueles pratos típicos que servem para limpar a geladeira, pois se coloca o que tiver dando sopa, além é claro de ser super saudável.
O da foto eu coloquei:
- ½ kg de filé de tilápia temperado com sal e limão
- 2 batatas médias em rodelas e pré-cozidas com sal
- ½ pimentão vermelho
- 1 tomate grande
- 1 cebola média
- ½ lata de ervilha (se for congelada melhor ainda).
Abri 2 folhas de papel alumínio em uma forma o suficiente para depois fechar muito bem para o vapor não sair. Reguei com azeite extra virgem e coloquei as batatas pré-cozida, por cima as postas de peixe e o restante dos ingredientes sempre regando com azeite, sal a gosto e por último dois ramos de tomilho fresco. O azeite e o tomilho é que dão o toque especial. Vai ao forno bem quente por mais ou menos 30 minutos. Eu nem experimentei, mas nunca vi meus filhos que estão naquela idade cruel para a comida, 2 e 4 anos, repetirem tanto uma comida. Toda vez que eu faço sobra apenas um pouco de legumes e olha que só os 3 comem. Já fiz com abobrinha, ervilha torta, vagem, cenoura, mas sempre forrando primeiro com a batata. Sempre é um sucesso!

terça-feira, 2 de março de 2010

Pilão do Jamie Oliver



Sabe aquela fissura que dá na gente quando queremos uma coisa e esta coisa está em falta no mercado? Pois é, eu queria muuuuiiiito um pilão do Jamie Oliver, mas estava em falta no Brasil no final do ano passado. No começo do ano chegou na Doural Presentes e eu pedi ao maridão que me presenteou com meu objeto de desejo da vez. Quem é louco por cozinha já viu o Jamie Oliver manuseando seu pilão com aquele jeito estabanado e louro de ser. Parece que ele está brincando. Lindo! Quando o correio entregou aquela caixa pesada eu empolgadíssima abri e me encantei, a primeira coisa que me veio à cabeça foi fazer um pesto. Fui à minha horta de ervas peguei um punhado de manjericão fresquinho, botei 2 dentes de alho, um pouquinho de sal grosso para dar atrito, azeite extra virgem e comecei a socar, acrescentei um tanto de parmesão ralado grosso e 5 nozes. Gente, é uma maravilha, em segundos virou um pesto super robusto e saboroso. A seguir uma dúvida cruel: Tempero peito de frango ou faço batatas salteadas ao pesto? Não queria comer massa naquele dia. Depois de muita dúvida resolvi fazer o frango ao pesto e para acompanhar purê de batatas e uma versão de salada grega. O maridão amou, comeu, repetiu e não se arrependeu do presente.